Veja mais: Base Aérea de Santos (BAST)
Para fiscalizar os gastos da unidade gestora executora responsável, dentre outras localidades e organizações militares, pelo aeródromo em questão, acesse a seguinte página no Portal da Transparência: Base Aérea de Santos.
No AISWEB são encontrados dados sobre a pista do aeródromo. No Cidades Interesse Militar há uma página dedicada ao município. No FlightAware e RadarBox é possível verificar os voos que chegaram e partiram do aeródromo. No História da Força Aérea Brasileira é possível acessar uma página dedicada a Base Aérea de Santos. No Scramble está disponível a situação da BAST na Ordem de Batalha da FAB. Na Wikipedia há uma página dedicada a Base Aérea de Santos.
Fonte: Flickr (Fabio Mello Fontes)
Notícias
Data | Fonte | Manchete |
03/07/22 | Portos e Navios | Força Aérea Brasileira planeja ceder área no Porto de Santos para terminal |
30/06/22 | Força Aérea Brasileira | FAB e BNDES assinam contrato |
30/11/18 | Força Aérea Brasileira | FAB e SAC assinam portarias que estabelecem Plano de Zoneamento Civil-Militar |
26/06/15 | Força Aérea Brasileira | Base Aérea de Santos volta a receber exercícios militares |
Citações
História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 4 Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica |
“Esse marco inicial da Base, lançado no Sítio Conceiçãozinha, à beira-mar, devido a problemas topográficos, teve seus trabalhos paralisados, sendo então escolhida uma nova área junto ao canal de acesso a Bertioga, na Serra da Bocaina. As primeiras instalações foram inauguradas em dezembro de 1924, e até o final daquela década a quase totalidade estava concluída; as demais foram concluídas posteriormente.” (2005, p. 159). “Em 20 de janeiro de 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, a Base foi incorporada aquele novo Ministério, tendo recebido, de acordo, com o Decreto-Lei nº 3.302, de 22 de maio de 1941, a denominação de Base Aérea de Santos.” (2005, p. 160). “À Base Aérea de Santos, integrante daquela defesa aérea desde 1940, foram incorporadas novas desapropriações, que lhe permitiram aumentar sua área e, em paralelo, continuar suas obras de ampliação, tendo sido logo construído uma pista de concreto.” (2005, p. 160). “A partir de 26 de agosto de 1947, passou à condição de Destacamento de Base Aérea de Santos, por determinação do Estado-Maior da Aeronáutica.” (2005, p. 161). “Em 1º de janeiro de 1951, o Destacamento foi elevado à categoria de Base Aérea de Santos, e a 10 de março daquele ano, retornou à categoria de Destacamento por decisão do Estado-Maior da Aeronáutica.” (2005, p. 161). |
O caso da transferência de sede de uma organização militar da Aeronáutica Paulo Henrique Mendonça Rodrigues |
“(...) Permaneceram na BAST, em 2007, 520 militares (efetivo reduzido em 30%), sendo 35 oficiais. A Base passou a sediar manobras e continuou operando com a aeronave T-25 Universal para as missões administrativas (...).” (2009, p. 148-149). |
História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 5 Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica |
“Em 1º de agosto de 1955, o Comandante do Destacamento de Base Aérea de Santos (DBAST), Major Aviador Paulo Salema Garção Ribeiro, em sintonia com o que já ocorria em outras Unidades da FAB, determinou a formação do Primeiro Pelotão de Polícia Militar (PPM) (...).
O Destacamento de Base Aérea de Santos experimentou modernização sem precedentes em suas instalações, no biênio 1955-1956, (...). Entre outras realizações, além da criação do Pelotão de Polícia Militar, podemos destacar a otimização do sistema de abastecimento, a ampliação da pista de pouso de 1.130 para 1.400 metros, a operação de um moderno farol rotativo, a Construção de casas para Oficiais, Suboficiais e Sargentos, a recuperação do sistema de iluminação do Destacamento e a mais significativa: os cabos de alta tensão que cruzavam a pista nº 34, colocando em risco as operações aéreas, passaram a ser subterrâneos, trabalho este realizado pela Companhia Docas de Santos, assegurando, desta forma, a aproximação segura para pouso no Aeródromo da Base. Outro fato digno de nota ocorreu em 1º de setembro de 1956, durante as comemorações do Ano Santos-Dumont: um resgate histórico, que constou da recuperação e do transporte da Pedra Fundamental, abandonada na antiga Base de Aviação Naval (local da primeira sede da Base de Aviação Naval), localizada no Sítio Conceiçãozinha, para a sede do Destacamento, na Ilha de Santo Amaro, no Guarujá. (...) Cabe destacar que se cogitou a transferência do Destacamento da Base Aérea de Santos em duas ocasiões: a primeira, no decorrer de 1956, quando se pensou na possibilidade de mudança da Unidade para o Aeródromo de Praia Grande. Entretanto, a movimentação foi descartada após criterioso estudo feito pelo Estado-maior da Aeronáutica; a segunda ocorreu entre setembro e outubro de 1962, diante de fortes rumores sobre a possível transferência do Destacamento para o estado de Mato Grosso. As autoridades locais e a comunidade Santista se uniram na defesa da permanência da Base e, em pouco tempo se fez ouvir. Em 31 de outubro, o Primeiro-Ministro enviou um comunicado à Câmara Municipal do Guarujá, lá confirmando a permanência do Destacamento. Assim, a Unidade pôde continuar a desempenhar suas missões na defesa das instalações portuárias, no serviço de Busca e Salvamento (SAR) da Quarta Zona Aérea e no apoio à Polícia Marítima e Aérea. (...) Em 21 de fevereiro de 1958, pela Portaria nº 224/GM2, foi criada a Prefeitura de Aeronáutica do Destacamento (...).” (2014, p. 235-237). |
Base Aérea de Santos: conexões e potencialidades Pedro Nuno Alegria Canton |
“Por decreto datado de 12 de junho de 1935, o Centro da Bocaina passou a denominar-se Base de Aviação Naval de Santos, verificando-se ainda, em meados daquele decênio, a conclusão da ponte de cimento armado. Também foi iniciada, posteriormente, a construção de uma pista gramada.” (2016, p. 56-57).
“Outro decreto de 28 de novembro de 1935, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, declara "bem de utilidade pública" os terrenos da Vila da Bocaina, julgados necessários à ampliação da Base. Já em fins da década de 30 foram iniciados os trabalhos de ampliação da pista de pouso e decolagem.” (2016, p. 57).
“Na época da implantação da Base Aérea, tanto Conceiçãozinha (onde foi lançada a pedra fundamental), como a Vila da Bocaina (onde foi instalada), localizados na ilha de Santo Amaro, estavam sob a jurisdição do município de Santos. Por isso, apesar de instalada no Distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, a Base Aérea leva o nome de Santos.” (2016, p. 59).
“O local destinado para a construção do aeroporto é em uma área cedida pela Base Aérea de Santos. Como a área da Base Aérea é da União, a doação do terreno será em forma de "cessão", ou seja, a área não deixará de pertencer à União, e nem passará para os cuidados da Prefeitura, apenas permitirá sua cessão para um terceiro agente, no caso uma empresa particular, que poderá investir no local para explorá-lo comercialmente mais tarde.” (2016, p. 61).
“A porção leste do terreno da Base Aérea de Santos encontra-se numa Macrozona de Proteção Ambiental, composto por áreas de alta restrição à ocupação devido às características geomorfológicas, topográficas e/ou apresentarem aspectos geológicos, biológicos, hidrológicos ou paisagísticos de interesse ambiental e, a porção oeste numa Macrozona Urbana, caracteriza-se, em sua maior parte, pelo uso misto, carência de equipamentos públicos e infraestrutura a ser consolidada. O terreno ocupa uma área de 2 milhões 790 mil metros quadrados (279 hectares).” (2016, p. 61).
“Atualmente, habitam e trabalham no NuBAST cerca de 150 membros da Força Aérea.” (2016, p. 64).
“O local é equipado com algumas instalações, tais como: prédio do comando, hangares, pelotão contra incêndio, torre de controle, departamento de voo, posto de combustível - BR, pátios de estacionamentos e demais construções operacionais e administrativas, além da pista de pouso e decolagem, a qual possui 1.390 metros de extensão, 43 metros de largura, declividade longitudinal de 0,1% e pavimentação de concreto asfáltico.” (2016, p. 64).
“De acordo com a prefeitura do Guarujá, a pista do aeroporto possui boa drenagem, dispensando, inclusive, a necessidade de ranhuras (groovings) para o escoamento de água.
A localização do sítio favorece a operação aeronáutica. Os ventos predominantes apresentam intensidade inferior a 12 nós, ou seja, em sua maioria são ventos calmos, favoráveis a operação da pista.” (2016, p. 64). “O sítio onde estão situadas as instalações da Base Aérea apresenta condições de drenagem desfavoráveis, pois é um terreno alagadiço, sujeito a influência da variação da maré, com solo de baixa capacidade de suporte e lençol freático raso, fatores, estes, que tornam bastante precárias as condições naturais de drenagem superficial.” (2016, p. 66). “(...) a Base Aérea de apresenta como uma possibilidade de equacionar essas questões [gargalos por infraestrutura de transporte] de forma a distribuir uniformemente as infraestruturas de transporte nesse quadrilátero. Trata-se do ÚNICO local da América e um dos únicos no mundo a permitir a intermodalidade de transporte marítimo, hidroviário, ferroviário, rodoviário e aéreo. Segundo a empresa responsável por elaborar o Relatório Ambiental Preliminar (RAP) e apresentá-lo em audiência pública, os impactos ambientais serão suaves.” (2016, p. 75). “A expectativa é que, depois de cinco anos de implantação, o aeroporto metropolitano transporte 17,3 milhões de toneladas de carga, por ano. De acordo com dados da Infraero, responsável pelo setor, isso significa cerca de 6% da fatia nacional.” (2016, p. 75). “Devido à limitação do calado e à falta de espaço físico, a alternativa para manter este crescimento está sendo o aterro sobre o canal do estuário como por exemplo o novo terminal Embraport. No que diz respeito à disponibilidade de área de costado o terreno da Base Aérea de Santos tem um posicionamento estratégico na expansão do porto. O terreno conta com 5,8 quilômetros lineares de margens no estuário de Santos e no Canal de Bertioga, dos quais 1 quilômetro com potencial para ser utilizado como berço de navios de grande porte, ou seja, 6,25% de toda capacidade do porto.” (2016, p. 76). “Assim como o planejamento da parte civil do terreno (leste da pista) ficou a cargo do consórcio formado pela Prefeitura Guarujá, Companhia Paulista de Desenvolvimento e Instituto Geo Brasilis, o restante da área ficou a cargo do Comando da Aeronáutica. Sendo assim a Aeronáutica está desenvolvendo um plano diretor que contempla o loteamento da área de forma a conceder esses espaços ao capital privado.” (2016, p. 110). “(...) nos arquivos do Diário Oficial da Prefeitura do Guarujá, foi possível encontrar esse estudo (...) que nos permite fazer uma análise superficial do plano proposto. Verifica-se o desmembramento de 7 lotes que variam de 5.000 m² à 181.000m², além das áreas já ocupadas pelo Comando da Aeronáutica. Os lotes receberiam diferentes atividades voltadas à produção e transporte de mercadorias de alto valor agregado dentro do conceito de aeroporto industrial explanado anteriormente. Observa-se, no projeto da aeronáutica, que não há previsão de implementação de berço de atracação para navios, que na nossa visão é um equipamento fundamental para a consolidação da intermodalidade de transportes. A falta deste equipamento não só limitará a expansão e desenvolvimento do porto como diminuirá a competitividade dos equipamentos instalados no terreno. Verifica-se também que mantendo o posicionamento de pista existente, oblíquo em relação aos acessos do terreno, a área com maior potencial de intermodalidade de transportes (oeste da pista) fica reduzida em comparação à área civil do equipamento (leste da pista). Diante da intenção de se implantar ali um aeroporto-industrial, isto não é recomendável, pois os equipamentos necessários para a logística do transporte de cargas e as próprias instalações industriais requerem mais espaços do que os equipamentos da aviação civil. A nossa análise indica que haverá uma escassez de área a oeste da pista e um excesso de área a leste.” (2016, p. 110). “Atualmente a pista da Base Aérea de Santos tem 1392m de comprimento, o plano diretor elaborado pela Aeronáutica em parceira com a Prefeitura do Guarujá contempla uma ampliação de 210m, aumentando-a para 1600m e mantendo a pista na mesma angulação.” (2016, p. 133-134). “Essa ampliação (...) [permitirá] porém [que] as aeronaves mais utilizadas hoje em dia para tráfego de passageiros como o A319, A320, A321, Boeing 137, E195 e etc. só poderiam pousar e decolar em Santos com peso reduzido devido ao comprimento limitado da pista.” (2016, p. 134). |
Planejamento da infraestrutura aeroportuária: Aeroporto de Guarujá Laboratório de Transportes e Logística |
“A área patrimonial do aeroporto perfaz 28.000.000 m², sendo integralmente de uso militar. É cercada por muro de alvenaria de 2 m de altura na região em que faz divisa com os bairros residenciais da cidade do Guarujá, ou seja, na interface com o perímetro urbano. Nas áreas em que faz divisa com o mar ou com córregos, a área patrimonial não é cercada.” (2017, p. 14). “A via de acesso ao aeroporto é uma rua sem nome, pavimentada e com revestimento asfáltico, aparentemente em bom estado de conservação. A via liga o sítio aeroportuário à Avenida Castelo Branco. A rua de acesso ao aeroporto caracteriza-se por não possuir pontos de parada de ônibus, acostamento, calçada e por estar em uma zona militar.” (2017, p. 21). “O Aeroporto de Guarujá encontra-se inserido em zona urbana. Os limites operacionais do sitio aeroportuário são circundados por áreas com vegetação nativa, o mar e a vila dos oficiais da aeronáutica. Vale destacar que a área de vegetação nativa integra a Base Militar de Santos (CONSÓRCIO IQS ENGENHARIA & PJJ MALUCELLI ARQUITETURA, 2014).” (2017, p. 26). |