Para fiscalizar os gastos da unidade gestora executora responsável, dentre outras localidades e organizações militares, pelo aeródromo em questão, acesse a seguinte página no Portal da Transparência: Base Aérea de Natal.
No Airliners e Jetphotos é possível ver fotografias de aeronaves nesse aeródromo. No AISWEB são encontrados dados sobre a pista do aeródromo. No Cidades Interesse Militar há uma página dedicada ao município. No FlightAware e RadarBox é possível verificar os voos que chegaram e partiram do aeródromo. No História da Força Aérea Brasileira é possível acessar uma página dedicada a Base Aérea de Natal. No Scramble está disponível a situação da BANT na Ordem de Batalha da FAB. Na Wikipedia há uma página dedicada ao "Aeroporto Internacional Augusto Severo" e a Base Aérea de Natal.
Fonte: Airliners (Jozil de Lima)
Notícias
Data | Fonte | Manchete |
XX/XX/23 | Força Aérea Brasileira | COMARA continua a pleno vapor no recapeamento da pista da Base Aérea de Natal |
24/08/22 | Força Aérea Brasileira | DIRINFRA visita o Hangar Tenente França |
29/01/20 | Força Aérea Brasileira | Centro Cultural sediado em área da FAB é aberto ao público em Parnamirim (RN) |
17/04/18 | Força Aérea Brasileira | Carta de intenções entre FAB e Prefeitura prevê criação de Parque Tecnológico em Parnamirim |
31/05/14 | G1 | Aeroporto Augusto Severo, no RN, é desativado para voos comerciais |
23/12/08 | Força Aérea Brasileira | 1°/11° GAV forma estagiários e inaugura novo hangar |
Citações
História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 3 Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica |
“À Panair coube também instalar equipamentos em aeroportos, como rádio, iluminação noturna, depósito de combustível, postos de reabastecimento, geradores de eletricidade e estações meteorológicas. Além desses serviços, todos executados e ampliados consideravelmente pelas exigências de guerra, a Panair (em cooperação com a Pan American Airways Inc.) ainda participou da construção do grande Aeroporto da Ilha de Fernando de Noronha, das bases militares norte-americanas em Belém, Fortaleza, Recife, Bahia e, principalmente, Parnamirim, em Natal, executando, inclusive, a pavimentação das respectivas estradas de acesso, os serviços de água, esgoto, energia elétrica, etc..” (1991, p. 163). |
História Geral da Aeronáutica Brasileira - Vol 4 Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica |
“No dia 2 de março de 1942, pelo Decreto-Lei nº 4.142, foi criado o Núcleo de Base Aérea de Natal. Estava em curso a Segunda Guerra Mundial.” (2005, p. 117).
“A Base teve início, porém, em 7 de agosto daquele ano, e seu primeiro Boletim foi publicado em 17 de agosto.” (2005, p. 117).
“Naquela área já existia um campo de pouso que sofrera ampliação e melhorias realizadas pela PANAIR DO BRASIL S/A, no início de 1941, com autorização do Presidente Vargas, utilizando recursos norte-americanos. Entretanto, nos meados de 1942, a sua capacidade de suportar o volume de tráfego aéreo era insuficiente, sendo necessário sua ampliação.
Por ser de grande importância estratégica ao apoio das tropas aliadas na Europa, e sobretudo no norte da África, aquele areal ganhou pistas de pouso e infraestrutura de tecnologia avançada, na época, graças à engenharia militar, as quais vieram a permitir que as operações militares, que dali partissem, fossem decisivas para a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial. Utilizando-se de máquinas e equipamentos que trouxeram, os norte-americanos aumentaram e alargaram as pistas usando macadame e asfalto, também trazidos por eles. O custo aproximado das obras ficou em mais de nove milhões de dólares, sem contar os equipamentos. Para guarnecer as novas Bases Aéreas transferidas para o recém-criado Ministério da Aeronáutica, foram criadas pelo Decreto-Lei nº 4.915, de 5 de novembro de 1942, novos Corpos de Base Aérea, entre eles o 9º Corpo de Base Aérea, em Natal. As pistas asfaltadas 16/34 e 12/30 serviram para delimitar a oeste a Base Aérea de Natal e, a leste, a Base usada pelos norte-americanos que, a partir de novembro de 1942, passou a ser conhecida como Parnamirim Field. Em 28 de janeiro de 1943, os Presidentes Getúlio Dorneles Vargas (Brasil) e Franklin Delano Roosevelt (EUA) reuniram-se em Natal para o acerto político e econômico da cessão de Parnamirim para uso dos norte-americanos.” (2005, p. 118). “De Parnamirim Field partiam diariamente centenas de aeronaves que atravessavam o Oceano Atlântico, tendo como destino primordial o norte da África para atacar as tropas alemãs.” (2005, p. 119). “Eram pousos e decolagens que incluíam, também, o embarque e desembarque de tropas, oficiais, aviadores, tripulantes das equipagens, técnicos e burocratas que permitiram acesso dos brasileiros aos equipamentos e tecnologias mais avançadas da época, assim como, aos costumes diferentes dos estrangeiros, sobretudo norte-americanos, que por lá circulavam. Aquele trampolim operacional aéreo militar viria a possibilitar a vitória dos aliados sobre as Forças alemãs. Daí, merecidamente, a Base Aérea de Natal ficou cognominada de Trampolim da Vitória. Havia a preocupação com o avanço do Marechal Von Rommel, cognominado de A Raposa do Deserto, no norte da África e, também, a ameaça dos submarinos alemães e italianos no Atlântico Sul, na costa brasileira.” (2005, p. 119). “O Decreto-Lei nº 6.814, de 21 de agosto de 1944, extinguiu os Corpos de Bases Aéreas e ativou as Bases Aéreas. A Base Aérea de Natal foi classificada como de 2ª Classe.” (2005, p. 122). “A Base americana em Natal (Parnamirim Field) começou a ser entregue à Força Aérea Brasileira no ano de 1946. Para preservar a segurança daquelas instalações, pelo Aviso nº 32, de 2 de maio de 1946, o efetivo da Companhia de Guarda da Base Aérea de Natal foi aumentado de mais dois Pelotões de Guarda.” (2005, p. 122). “Na antiga Base Oeste, o Ministro da Aeronáutica criou o Núcleo Provisório da Escola Técnica de Aviação pela Portaria nº 69, de 29 de março de 1950, que seria transferida do Estado de São Paulo. Com a criação da Escola de Especialistas de Aeronáutica, tornou-se desnecessário aquela Escola Técnica de Aviação, sendo a mesma desativada em 7 de outubro de 1953, pelo Decreto nº 34.195.” (2005, p. 123). “Em 28 de janeiro de 1954, as instalações do setor oeste da Base foram solenemente entregues pelo Comandante da Base (...) ao Comandante do Centro de Instrução Militar da Região Geográfica Norte (CIM) em Natal.” (2005, p. 124). “Com cerca de um ano de funcionamento, a 24 de dezembro de 1954, o CIM de Natal foi desativado pela Portaria nº 55/GM-2, passando suas atividades a Base Aérea de Natal até que fosse do tipo definitivamente encerrado.” (2005, p. 124). |
O caso da transferência de sede de uma organização militar da Aeronáutica Paulo Henrique Mendonça Rodrigues |
“Deficiências de apoio na BANT: inexistência de elementos essenciais à instrução com helicópteros (pista de grama e quadrados para treinamento de manobras e pouso para o helicóptero, condições naturais da vegetação para que houvesse o treinamento de área restrita (somente disponível a cerca de 20 min. de vôo da BANT), inexistência de instalações para receber a UAe, insuficiência de Próprios Nacionais Residenciais (PNR) para todo o efetivo transferido, entre outras.” (2009, p. 148). |
Arquitetura da Base Aérea de Natal na Segunda Guerra Mundial e as mudanças trazidas pelas travessias do Atlântico Graciete Guerra da Costa |
“PARNAMIRIM é contração de PARANÁ-MIRIM, rio pequeno, de denominação tupi. Segundo Lira, essa denominação estava figurada num mapa da primeira metade do século XVII. É o primeiro registro conhecido do termo.
O Campo de Aviação de Parnamirim já existia antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial. Fica localizado a 15 quilômetros da cidade de Natal, a 005º 52’ S e 35º 23’ W, com 50 metros de altitude média em relação ao nível do mar. A visibilidade predominante 99,5% do tempo é superior a cinco quilômetros; a frequência dos nevoeiros é de 0,1% e os tetos inferiores a 300 metros chegam a 0,6%. A localização de Parnamirim é ideal do ponto de vista estratégico e de salubridade.” (2011, p. 88-89). “As edificações da Base Aérea observadas consistem em obras modernistas, seja em fase inicial ou então no auge desse movimento. Dentre as edificações inventariadas, destacam-se os prédios construídos para abrigar definitivamente a Base Aérea de Natal, que até hoje se encontram em perfeito estado de conservação: Prédio do Comando; dois hangares construídos provavelmente na década de 1940; hangar que, na ala esquerda, ficava localizado o Comando do Grupamento dos P-40 (aeronave de bombardeio). São comuns nessas edificações, todas construídas entre as décadas de 30 e 40, paredes inteiras em vidro, estruturas suspensas em balanço, uso de brises, formas simples e primárias, traços predominantemente retos, jogo de volumes a fim de gerar movimento, pilotis com pé-direito alto, além de formas sinuosas, tomando partido da plasticidade do concreto.” (2011, p. 90). “O período da construção se estendeu até março de 1944 em consequência de várias mudanças dos planos iniciais de construção pelos americanos. A Base Americana dispunha de mais de 700 edificações, que ficaram conhecidas como “barracos”, para suportar um trânsito diário de 400 a 600 aeronaves, em demanda da África. As instalações da Base Aérea americana permitiam alojar 1.800 oficiais e 2.700 subalternos, sendo que o hospital tinha disponibilidade de 178 leitos. Os prédios, que abrigavam os serviços de restaurante, reembolsável, estação de rádio e outros, funcionavam 24 horas por dia.” (2011, p. 90). “Segundo a engenharia americana, o prazo normal da duração de um “barraco” era de sete a dez anos. No entanto, transcorridos 63 anos do conflito mundial, existe ainda um número considerável de “barracos” em plena utilização, embora muitos prédios já tenham passado por reformas. Informou-se que o custo total da obra realizada atingiu a elevada cifra de US$ 9.403.461,00 (dólares) sem incluir os materiais e equipamentos que foram embarcados dos Estados Unidos. A construção da Base Naval contou com instalações para combustíveis que abrangiam vinte tanques de superfície de aço, com capacidade total de 528.300 galões, 12 tanques de aço subterrâneos, cinco plataformas e sete bombas fixas. O fornecimento de combustível da Base Naval à Aérea era realizado através de caminhões-tanque e por linhas de encanamento (pipe-line) que somavam cerca de 20 quilômetros de canos. O pipe-line recebia o combustível diretamente dos navios petroleiros e era bombeado até os depósitos existentes na Base. A obra foi realizada com seis mil operários trabalhando em turnos de 24 horas por dia e a despesa de aproximadamente 60 milhões de cruzeiros à época. Calculou-se que a média diária de circulação da gasolina pelo pipe-line era de cem mil litros. Em termos de construção, acabamento e durabilidade, as obras da Base Brasileira estão muito acima das da Base Americana; até os dias de hoje, verificadas in loco, as instalações da Base Aérea Brasileira permanecem em ótimas condições, o que não se sucede com as da Base Aérea Americana, muitas das quais vêm sendo demolidas, por não mais oferecerem condições de uso. No entanto, é importante salientar que a Base Aérea Americana foi construída apenas para atender às instâncias geradas pela Segunda Guerra Mundial; portanto, suas instalações sempre foram, desde a sua concepção, consideradas transitórias.” (2011, p. 91). “A Base Aérea de Natal iniciou-se como a Base Brasileira, no setor oeste do Campo de Parnamirim, criada pelo Decreto-Lei Nº 4.142, de 2 de março de 1942, ativada em 7 de agosto de 1942, dentro de sua extrema simplicidade, continha apenas dois artigos.” (2011, p. 91). “(...) as recentes investidas para inventariar o patrimônio moderno existente no País e no mundo convergem para o esforço no sentido de levantar o cenário da modernidade e suas adaptações regionais, onde bem se enquadrariam os exemplares da Base Aérea de Natal. Quando se observa o cadastro das edificações listadas no Formulário de Tombamento do Patrimônio Histórico Cultural da Aeronáutica, percebe-se que as edificações da Base Americana são em maior número, envolvendo exemplares essencialmente modernos, e datados do período da Segunda Guerra Mundial, na quarta década do século XX, ou que se filiavam às tendências desse período. Na Base Oeste Brasileira, embora em menor número, algumas edificações datam da terceira década, outras construídas de 1941 até 1944, e estão em melhor estado de conservação. As alterações sofridas nesses exemplares ocorreram internamente para atender às instalações advindas das necessidades de ocupação, sendo resguardadas as características externas originais. A continuidade das edificações da Base Aérea de Natal, que inclui a americana e a brasileira, e suas diversas manifestações protomodernas e modernas, permanece ao largo de tais investidas. Destarte, perde-se ou deixa-se sob risco iminente de desmonte obras de valia e caráter único para a cidade, como de fato o são e representam as obras aqui tratadas.” (2011, p. 92). |
O território do Rio Grande do Norte como ponto estratégico e seus equipamentos militares Manuel Thiago de Araújo Maia e Désio Rodrigo |
“Em 1942, segundo Trindade (2007, p. 208), Parnamirim Field já era o aeroporto mais movimentado no mundo com cerca de trezentos aviões diariamente passando pelas suas pistas rumo ao continente africano. Também para Ferraz (2005, p. 37), em 1943, essa base ostentou o titulo de aeroporto mais movimentado do mundo, com 800 operações diárias nas suas pistas. Câmara Cascudo (1999) e Smith Jr. (1989) também comentam essa densidade técnica da Base Aérea de Natal.” (2012, p. 129). |
Cidades e aeroportos no século XXI Josmar Cappa |
“Pelas razões supracitadas, em julho de 1941, o governo dos EUA negociou com o Brasil autorização para construir, reformar e aparelhar campos de pouso situados em Macapá, Belém, São Luís, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió e Salvador, contando, entre outros, com aportes concedidos a empresa aérea norte-americana, Pan American Airways, e à sua subsidiária no país, a Panair do Brasil. Destaque foi dado à Base Aérea de Natal, devido à sua posição geográfica: situa-se a 5ª linha do Equador e praticamente no meio da rota aérea entre Macapá e Salvador, estabelecida por militares norte-americanos (Santos, 1985).” (2013, p. 75). |